Heliana Frazão
Especial para o UOL Notícias
Em Salvador
A violência crescente na Bahia tem feito vítimas em todos os setores da sociedade e nem mesmo o governo do Estado passou incólume. No final da tarde desta segunda-feira (19) três homens armados renderam um sargento lotado na Casa Militar e levaram a picape Toyota modelo Hilux, do governo. O assalto ocorreu no bairro Pituba, uma das áreas mais nobres de Salvador.
Embora o veículo não seja usado pelo governador Jaques Wagner nos seus deslocamentos em Salvador, o carro é utilizado pelo governo em viagens a cidades nos arredores da capital baiana.
O furto ocorreu na Alameda Benevento, onde o sargento Carlos Augusto Barbosa de Paulo resolvia problemas particulares, sem autorização de seus superiores. Os três homens que passavam pelo local, dentro de um carro preto, estacionaram ao lado da Hilux e anunciaram o assalto. O militar foi rendido e retirado do veículo, na presença da ex-mulher e da filha pequena.
A ação dos criminosos foi rápida e ninguém ficou ferido. Dois dos assaltantes fugiam na caminhonete, seguidos pelo terceiro homem que dirigia o carro preto.
Um comerciante identificado como Marcelo Carmo, que possui uma loja naquela rua, presenciou o fato e decidiu seguir os criminosos, mas acabou perdendo-os de vista, após os ladrões ultrapassarem um sinal vermelho, na Avenida Magalhães Neto, a cerca de dois quilômetros do local do assalto.
O próprio sargento comunicou o furto à Central de Telecomunicações da Polícia (Centel). Desde então, a polícia tem feito diligências em busca do carro e dos criminosos, mas ainda não localizou nem um, nem outro, segundo informou a Comunicação da Secretaria de Segurança Pública do Estado. O secretário César Nunes não falou sobre o ocorrido.
Jaques Wagner limitou-se a classificar o caso como uma fatalidade, algo possível de acontecer com qualquer pessoa.
Já o coronel Expedito Barbosa, chefe da Casa Militar, explicou que o sargento saiu com a Toyota para abastecâ-la e lavá-la, mas mudou o itinerário para levar um medicamento para a filha, a pedido da ex-mulher. Ele acrescentou que o comportamento do subordinado será investigado e ele responderá a processo administrativo, que vai de advertência até prisão