
(29) traz um aumento de 8,32%. O valor pago por 40 horas aula passa a ser de R$
1.697,00. O critério atual coloca o aumento sempre acima da inflação e do
crescimento da arrecadação dos governos. O Índice Nacional de Preços ao
Consumidor (INPC) de 2013, por exemplo, foi de 5,58%.
O dilema que se cria entre União e município é que a cada aumento os prefeitos
ficam demasiadamente preocupados, pois as receitas dos municípios não crescem
na mesma proporção. Se levar em conta o novo salário mínimo que entrou em vigar
em janeiro, a preocupação aumenta mais ainda.
IMPACTO – A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) diz que
o reajuste ficou aquém do esperado – a entidade estimava o aumento em 15%. Em
nota, a CNTE argumentou que “dados já consolidados do Fundeb (Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos
Profissionais da Educação), até novembro de 2013, apontam crescimento do valor
mínimo de aproximadamente 15%”.
Mesmo com o percentual inferior ao esperado pelos trabalhadores, a Confederação
Nacional de Municípios estima que, para o reajuste de 8,32%, haverá aumento de
R$ 4,151 bilhões no pagamento do magistério. Com isso, a média do
comprometimento das receitas do Fundeb com salários dos professores irá para
79,7%. Isso significa que quase todos os recursos voltados para a manutenção do
ensino nos municípios estarão sendo gastas com pagamento dos salários dos
professores.
Segundo a CNM, em mais de mil municípios, o comprometimento ultrapassa 100% do
Fundeb. “Isso é insustentável, o piso do magistério vai liquidar a
educação básica”, diz o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski. Ele lembra que
o fundo deve ser usado também na construção e manutenção de escolas,
laboratórios, bibliotecas. “Não adianta valorizar o piso e acabar com o
resto”.
FUNDEB – O Fundeb é formado por recursos provenientes dos impostos e
transferências de estados, do Distrito Federal e dos municípios, além de uma
complementação federal, quando o valor da arrecadação não atinge o investimento
mínimo por aluno estabelecido nacionalmente. A União faz a complementação em
nove estados. Segundo, Ziulkoski, os repasses deveriam ser maiores e feitos a
mais estados.
A presidenta da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime),
Cleuza Repulho, diz que a situação é preocupante. “O professor tem direito
ao reajuste do piso, mas voltamos à preocupação da participação de estados,
municípios e União (nos gastos com educação)”.
O MEC diz que “compreende a dificuldade dos municípios com a folha de
pagamento” e tem tentado promover o diálogo entre prefeitos, governadores e
CNTE. Segundo a assessoria de imprensa do ministério, o debate continua em
2014, com o incentivo às mesas de negociação. O MEC destaca que a
complementação aos estados tem crescido ano a ano. O valor destinado aos
estados passou de R$ 1,1 bilhão, em 2000, para R$ 10,7 bilhões, no ano passado.
“Além disso, outros programas reforçam o apoio da União aos estados e
municípios, como os de transporte escolar, merenda, construção de creches e de
quadras, livros didáticos, e o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE)”.
O piso salarial passou de R$ 950, em 2009, para R$ 1.024,67, em 2010, e R$
1.187,14, em 2011, conforme valores informados no site do MEC. Em 2012, o valor
vigente era R$ 1.451 e, a partir de fevereiro de 2013, passou para R$ 1.567. O
maior reajuste foi o de 2012: 22,22%.
Agora, a preocupação dos gestores com o piso é maior. “Os Municípios empenham
sozinhos esforços para garantir o cumprimento da lei. É evidente a necessidade
de complementação por parte da União”, destaca o presidente da CNM, Paulo
Ziulkoski. O piso é reajustado anualmente no mês de janeiro pelo percentual de
crescimento do valor mínimo por aluno referente aos anos iniciais do ensino
fundamental urbano do Fundeb. Aplicado entre 2010 e 2013, esse critério vem
implicando aumentos acima da inflação do ano anterior e acima do crescimento da
receita do próprio Fundo.
Tendo como critério de reajuste o valor aluno/ano do Fundeb, o salário dos
professores é elevado sempre acima da inflação, alerta a CNM. Além de ser maior
que a inflação, o aumento supera o crescimento de arrecadação dos governos
federal, estaduais e municipais. A entidade busca a aprovação no Congresso de
outro critério, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), previsto no
Projeto de Lei 3.776/2008.
Um exemplo: no ano de 2012 a inflação medida pelo INPC foi de 6,08%, enquanto o
piso dos professores foi reajustado em 22,22%. Este ano, o Índice de Preços ao
Consumidor é de 5,58% contra o aumento de 8,32% para o salário dos docentes.

2 Comentários
Parabéns, Reginaldo!! É assim que se faz reportagem séria. Você tá certo em divulgar que os professores ganham até bem. que o plano de carreira está ajudando os professores mesmo. Que o governo tá aumentando o piso dos professores. Ahhh!! Mas diz também que esses professores estudam e se capacitam para isso. Que todas as profissões de altos salários passam, primeiramente, pelo professor. Obrigado por ser partidário e por esquecer que você só não é um professor por não ter coragem de estudar e ter em mãos tamanha responsabilidade nacional. Obrigado pela humildade de postar meu comentário. (Não precisei usar de má fé em minhas palavras) Bjo, meu querido!
Veja só Reginaldo mais uma vez vc sendo partidário, os meus comentários não vem sendo postados. Este copiei estar copiado. Pegunte ao nobre PREFEITO porque ele apoiou as manifestações para a aprovação na gestão passada ele já sabia que era loucura veja o professor em Itambé ganha mais do que o professor em V. da Conquista
ele plantou a semente e esta colhendo os frutos.
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