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Promotor de vendas é indiciado por tentar seduzir criança de 5 anos na BA

Por Reginaldo Spínola
Em inquérito encaminhado nesta
sexta-feira (20), o promotor de vendas suspeito de estupro de vulnerável por
tentar seduzir, por telefone, uma criança de 5 anos, foi indiciado. A
investigação foi conduzida pelo delegado Joelson Reis, da 23ª Delegacia
Territorial, em Lauro de Freitas, na região metropolitana de Salvador. O
suspeito de 30 anos conseguiu o número da casa da vítima após trocar
aleatoriamente os últimos dois dígitos de um anúncio de jornal. Segundo a
polícia, ele chegou a ligar 24 vezes para a casa da criança e insistia em uma
conversa de cunho sexual.
Segundo  informações policiais, a Justiça acatou a
denúncia e já reverteu a prisão preventiva em temporária. Ele continua
custodiado na 12ª delegacia, em Itapuã, e deve ser levado ao presídio. A prisão
foi no dia 12 deste mês. À polícia, ele confessou a prática e disse que usava o
celular com número restrito.

“Ele disse que viu um número
de telefone em um anúncio de venda de carro em um jornal. Depois, ele trocou os
dois últimos dígitos por números aleatórios, e a ligação caiu na casa da
menina. Ele disse que esperava que uma mulher atendesse para poder fazer trote.
Quando a criança atendeu, ele diz que ficou atraído pela voz da menina, que,
segundo ele, é sensual”, disse, no dia da prisão, o delegado Joelson Reis.
O vendedor começou a ser
investigado após os pais da criança procurarem o Ministério Público da Bahia
(MP-BA) e a Polícia Civil. Com autorização da Justiça, a polícia teve acesso às
gravações das conversas. Segundo o delegado, a primeira ligação foi feita no
dia 5 de janeiro.
Em depoimento, o suspeito contou
que foi a primeira vez que sentiu atração por uma criança. “Ela dizia que
era apenas uma criança de cinco anos, mas mesmo assim ele insistia em continuar
as conversas. Ele admitiu a prática do crime, no intuito de satisfazer o prazer
e a fantasia sexual. Não resta nenhuma dúvida. Além disso, as escutas
telefônicas das conversas são chocantes. É vergonhoso”, disse o delegado.
Caso seja condenado, pode pegar pena de 8 a 15 anos de prisão.

Do G1 Ba
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