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Casos de “bicho geográfico” em crianças preocupam pais e mães em Salvador

Por Reginaldo Spínola
O número de pessoas infectadas
com o popularmente conhecido “bicho geográfico” tem causado preocupação de pais
e mães em Salvador. O nome mais comum faz referência ao formato que a lesão
adquire, muito semelhante ao de um mapa. 
Comum em crianças, a inflamação é causada pela larva migrans cutânea, um
parasita encontrado no intestino de animais, como cães e gatos. Em contato com
a pele humana, causa lesões que podem desenvolver infecções. A redação do
Varela Notícias entrou em contato com uma pediatra para esclarecer dúvidas e
apresentar formas de como evitar o contato com a infecção.
A lesão começa com um caroço
pequeno e vermelho e apresenta coceira, sobretudo durante a noite, quando a
larva começa a se deslocar. Não é possível ver a larva, apenas os caminhos
vermelhos em relevo deixados na pele. A pediatra Silvana Martins alerta para os
principais focos de contaminação. “A areia é a maior fonte de contaminação da
larva migrans. Quando as fezes [dos animais] estão misturadas com a terra, a
pessoa não vê. As áreas que apresentam maior risco não são intra, mas
extradomiciliares. São áreas de construção, terrenos, campos de futebol e a
areia da praia, onde é muito comum”, aponta.
Silvana chama a atenção para o
ato de coçar, que pode desenvolver infecções secundárias e, por consequência,
haver necessidade de fazer uso de outros medicamentos – além dos específicos
para o tratamento da lesão.
De acordo com ela, o “bicho
geográfico” pode se manifestar em uma única lesão ou múltiplas lesões que se
desenvolvem normalmente nos pés, área mais fácil de contaminar, e na região das
nádegas (principalmente, em crianças que tendem a sentar na areia). Contudo,
não apenas crianças são atingidas pela inflamação. Em pessoas que trabalham
carregando sacos de areia, as lesões também podem aparecer nas costas, por
exemplo.
Por estarem mais expostas, as
crianças são os principais alvos da larva migrans. “O ideal seria que a criança
não sentasse na areia e não andasse descalça, mas isso não existe”, afirma a
pediatra. Para quem tem cães e gatos em casa, a recomendação é manter a higiene
do local.

No caso de apresentar os
primeiros sintomas da larva migrans, a recomendação é procurar atendimento
médico para que a lesão possa ser tratada com medicação específica, que é a
mesma usada no tratamento contra verminose e pode ser obtida gratuitamente no
Sistema Único de Saúde (SUS).
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