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Prefeito decreta 1 semana de ‘feriadão’ e gera polêmica no interior de SP

Por Reginaldo Spínola
O feriado de 12 de outubro, dia
de Nossa Senhora Aparecida, a padroeira do Brasil, cai na próxima quarta-feira.
Apesar de ser no meio da semana, o prefeito de Monte Alegre do Sul (SP)
resolveu decretar um “feriadão” durante os cinco dias úteis. Escolas, creches e
postos de saúde vão ficar fechados. A medida, que é para cortar gastos, gerou
polêmica na cidade.
O prefeito Carlos Albertro
Aparecido de Aguiar determinou, por meio de decreto, que “fica suspenso o
expediente nas Repartições Públicas Municipais nos dias 10, 11, 13 e 14 de
outubro de 2016”.
O documento também ressalta que
as atividades essenciais de “limpeza pública, coleta de lixo, serviços da
Unidade de Pronto Atendimento Municipal e vigilância de próprios municipais”
não vão parar. Assim como o setor de ambulâncias.
Prática antiga
Essa prática do prefeito já
aconteceu no ano passado e, apesar da reclamação dos moradores, voltou a ser
realidade. A justificativa é a mesma do ano anterior.
“Pra enxugar os gastos e pra
fechar a folha de pagamento, poder fazer o pagamento dos funcionários. Enfim, a
explicação é por conta da crise financeira”, explica a assistente jurídica da
Prefeitura, Patrícia Cesário.
Sem fisioterapia
No entanto, serviços como entrega
de leite e fisioterapia, que são oferecidos pelos postos de saúde, não vão
funcionar e muita gente se sente prejudicada.
Marli de Souza está desempregada,
a mesma situação do marido dela. Eles não têm como comprar o leite das filhas e
costumam pegar no posto de saúde. Mas, esta semana eles não terão como pegar o
alimento.
“Acho uma piada de muito mau
gosto. Falta de respeito muito grande. Uma paralisação para a cidade, né? (…) É
alto o nosso imposto. Então, a gente têm direitos, direito de falar, de escola,
de saúde “, é o que pensa a dona de casa Débora Andrade de Oliveira
“[Vou] Fazer milagre. Agora não
tem mais esse leite, né? Pelo menos para a semana que vem a gente sabe que não
vai ter”, afirma.
Apoiado em duas muletas e com
pinos em uma das pernas, o ajudante de motorista Cristiano Portilho faz fisioterapia
para conseguir voltar a andar sozinho.
“É uma vergonha. Um descaso com a
população. (…) Não tem motivo pra isso”, disse.
Sem aulas.
A faxineira Daiana Barbosa tem
uma filha de 7 anos e não sabe com quem poderá deixá-la durante toda a semana.
Segundo ela, as crianças também vão perder pela falta de aulas.
“Vai complicar muito pra mim,
porque como eu vou tirar o dinheiro, que já é pouco, das faxinas para pagar
alguém para olhar a minha filha?”, explica. (G1)

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1 Comentário

Anônimo 10 de outubro de 2016 - 19:17

Pare de preocupar com as outras cidades e vamos voltar os olhos para a nossa, pois o gestor não quer pagar os salários e a população pede socorro

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