Quando o Majestoso, embate que os são-paulinos não venciam há quatro partidas, começou equilibrado, Cueva apresentou sua principal arma desde a chegada ao Brasil. Após pênalti discutível de Fagner em Kelvin, o peruano trocou o hábito de ter cobrado cinco das seis penalidades anteriores no canto direito e usou cavadinha para desmontar Cássio, aos 14 minutos. Sétimo gol do camisa 13, sexto da marca da cal.

São Paulo x Corinthians
O Corinthians era completamente inofensivo, sempre brecado com facilidade por Thiago Mendes e João Schmidt. Rodriguinho se desdobrava para organizar o time de Oswaldo de Oliveira, mas Marquinhos Gabriel e Giovanni Augusto pareciam desconectados do clássico. Mesmo com tarde irregular de Buffarini e Mena, o São Paulo só foi levar sustos nos minutos finais do primeiro tempo, em descidas de Uendel e chegadas de Romero.

A etapa final continuou com o marasmo alvinegro, uma ineficiência assustadora, em contraste com entrega absoluta do Tricolor. Mais discrepante ainda era o desempenho de Cueva. A cada passe, o peruano fazia a zaga rival bater cabeça e deixava Chavez sempre em ótimas condições. Mas foi David Neres, a estrela de Ricardo Gomes, quem se aproveitou primeiro da magia de Cueva.

No meio dos quatro defensores corintianos, o meia encontrou Neres sozinho, que teve tempo para iludir Cássio e bater no contrapé para ampliar a vantagem aos 15 minutos. O baile de Cueva estava inaugurado, com assistência, enfim, para Chavez desencantar após dez jogos e fuzilar Cássio, de novo no canto esquerdo baixo. Sétimo gol do argentino que, ao lado de Cueva, se tornou vice-artilheiro do time na temporada, atrás apenas de Calleri.

Nas arquibancadas, os quase 54 mil são-paulinos não se satisfaziam com o 3 a 0 no placar. Gritavam “mais um” a todo instante para tentar vingar os 6 a 1 de 2015. em Itaquera. Cueva, é claro, tentou atender aos pedidos: anotou a terceira assistência no jogo e fez Luiz Araújo marcar pela primeira vez como profissional. Em campo, os corintianos perdiam a cabeça com entradas violentas, como as de Rodriguinho e Willians, e uma quantidade assustadora de passes errados.

O baile do São Paulo, com magia de Cueva, fez a equipe de Ricardo Gomes chegar a 45 pontos na 11ª colocação. Já o Corinthians continua em sétimo, com 50 pontos, e cada vez mais sob a desconfiança da torcida. Agora, assim como o rival tricolor, que vive temporada conturbada, o Timão acaba 2016 com apenas duas vitórias em clássicos – ambos disputaram nove.

O São Paulo voltará a campo somente no dia 17, uma quinta-feira, quando receberá o Grêmio no Morumbi, às 19h30. Já o Corinthians entrará em campo um dia antes, contra o Figueirense, em Florianópolis, às 21h45.

FICHA TÉCNICA
SÃO PAULO 4 X 0 CORINTHIANS

Local: Estádio do Morumbi, em São Paulo (SP)
Datahorário: 5 de novembro de 2016, sábado, às 19h30
Árbitro: Claudio Francisco Lima E Silva – SE (ESP)
Assistentes: Guilherme Dias Camilo – MG (FIFA) e Nadine Schramm Camara Bastos – SC (FIFA)
Público/renda: 53.781 pessoas/R$ 723.844,00
Cartões amarelos: Wesley, Luiz Araujo e João Schmidt (SAO) e Balbuena, Vilson, Romero e Rodriguinho (COR)
Gols: Cueva 14’1ºT (pen) (1-0); David Neres 15’2ºT (2-0); Chavez 21’2ºT (3-0) e Luiz Araujo 47’2ºT (4-0)

SÃO PAULO: Denis; Buffarini, Maicon, Rodrigo Caio e Mena; João Schmidt, Thiago Mendes e Cueva; Kelvin (Luiz Araújo 39’1ºT) e David Neres (Wesley 37’2ºT); Chavez (Pedro 35’2ºT). Técnico: Ricardo Gomes.

CORINTHIANS: Cássio; Fagner, Vilson, Balbuena e Uendel (Guilherme Arana – intervalo); Willians; Romero, Giovanni Augusto, Rodriguinho e Marquinhos Gabriel (Rildo 16’2ºT); Guilherme (Camacho 26’2ºT). Técnico: Oswaldo de Oliveira.