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Professores de Rio Real denunciam salários abaixo do piso e falta de reajuste

Por Reginaldo Spínola

Os professores do município de Rio Real, localizado a 200 km de Salvador denunciam que estão recebendo abaixo do piso salarial da categoria. Segundo informou Edilene Cerqueira, os professores não têm o salário reajustado desde 2016, quando em todo território nacional houve um aumento de 11,36%. Este ano, teve um novo reajuste de 7,64%, mas o valor também não foi repassado pela prefeitura. Assim, de acordo com os professores, os salários estão 19% defasados. “Já tivemos várias assembleias para tratar do assunto, vários ofícios solicitando o pagamento, porém o gestor alega que não tem recursos”, contou.

Gilssaria de Jesus Santos, da Comissão dos Professores do Sindicato, afirmou que o ex-prefeito deixou uma lei garantindo o reajuste, mas o novo gestor não reconheceu e, por causa disso, não pagou reajuste deste ano, que está atrasado desde fevereiro. Ainda de acordo com o sindicato, o prefeito alega que não tem verba para pagar o retroativo de 17 meses. “Ele quer pagar apenas o reajuste deste ano e os professores não aceitaram”, contou.

Um ofício enviado pela prefeitura para o sindicato informou que foi encaminhado para a Câmara Municipal um Projeto de Lei que concede o reajuste de 2017 aos professores com retroativo a janeiro. De acordo com o documento, “encontram-se os professores sem o pagamento do reajuste do piso de 2016, uma vez que não foi honrado pela gestão anterior muito menos deixado recurso em caixa para tal finalidade”.

Ainda de acordo com o ofício, mesmo sem um acordo entre a Prefeitura e o sindicato em relação ao reajuste de 2016, “a categoria já obterá o seu direito ao reajuste de 2017 no mês de junho”, conclui.

Como a proposta não foi aceita, de acordo com Gilssaria, o prefeito propôs um reajuste de 12% em julho e 7% dividido em três anos (3% em 2018, 2% em 2019 e 3% em 2020).

Na assembleia realizada nesta segunda-feira (3), a prefeitura alegou que não poder pagar os 19% e se a classe não aceitasse a proposta o gestor iria fazer o depósito em juízo do valor referente ao reajuste desse ano e os professores teria que entrar com uma ação na Justiça para receber o valor referente a 2016, segundo informou o sindicato. De acordo com Gilssaria, a categoria enviou outra proposta para a gestão, aceitando os 12% porém os 7% restante sugeriram o parcelamento para duas vezes:  3,5% em Janeiro e 3.5% em julho de 2018.

A reportagem tentou contato com a prefeitura e com a Secretaria de Educação de Rio Real, mas até o fechamento da matéria não foi atendida. // BNews

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