A Polícia Civil anunciou, nesta manhã de terça-feira (21), a prisão de dois homens acusados do assassinato do ativista e líder do grupo LGBT, Marcos Cruz Santana, conhecido por Marquinhos Tigrezza. O crime ocorreu na madrugada do último sábado (18), na cidade de Itororó com requintes de crueldade.
O anúncio foi feito pelo Coordenador de Polícia, Roberto Júnior, que desde o conhecimento do fato coordenou e atuou diretamente nas investigações do bárbaro crime, juntamente com sua equipe e o Delegado de Itororó Frank Nogueira, com os investigadores de Itororó.
Isaias Andrade de Souza Júnior, o Quenã, de 24 anos, que se declarou homossexual e Josenilton Ferreira Sousa, o Jota, de 26 anos, confessaram o assassinato e deram detalhes do crime, que ocorreu após a saída dos autores e vítima de uma festa que acontecia na praça principal de Itororó.
Durante os interrogatórios ficou claro que a vítima se fazia acompanhada da dupla durante e depois da festa e que o trio caminhou até próximo do local onde aconteceram os golpes de faca, que terminaram na morte de Tigrezza.
Segundo o delegado Roberto Júnior, Quenã segurou a vítima pelos cabelos, por trás, enquanto Jota lhe desferiu um golpe no pescoço. Com a vítima, já no chão, Jota golpeou Tigrezza na perna e em seguida decepou seu órgão genital.
O delegado ainda afirmou que a motivação está ligada a uma suposta ameaça feita pelo ativista a Josenilton Jota, que não mais queria se relacionar amorosamente com a vítima.
“Ele queria transar comigo novamente e disse que se eu me negasse, contaria tudo na rádio. Fiquei com medo de perder minha esposa e resolvi matá-lo”, revelou Josenilton Jota ao delegado.
Equipes da Polícia Civil, tanto de Itapetinga como de Itororó, desde a madrugada do domingo estão em campo investigando e tinham Quenã e Jota como principais suspeitos, inclusive, com imagens de câmeras de circuito fechado de TV em que mostram vítima e os acusados juntos momentos antes do homicídio.
Diante do cerco fechado pelos policiais civis, os autores resolveram confessar o bárbaro assassinato. Ambos ficarão custodiados na carceragem do Complexo Policial de Itapetinga, à disposição da justiça criminal de Itororó, ficando descartado por completo que a motivação do crime tivesse conotação homofóbica e sim um crime passional.