O fechamento da Ford no Brasil pode gerar um baque financeiro de R$ 5 bilhões na economia da Bahia, valor equivalente a 2% do Produto Interno Bruto (PIB) do estado, segundo informações de uma pesquisa realizada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI).
Segundo informações da SEI, este é o valor estimado de movimentação financeira direta e indireta gerada pelo complexo da montadora de veículos, de acordo com estudo realizado em 2019 pelo órgão de estudos econômicos e sociais ligado ao Governo da Bahia.
A pesquisa aponta que a participação do setor automotivo na produção de riquezas na Bahia foi de 0,3% em 2019, mas, levando em conta os seus impactos indiretos em outros setores como comércio e serviços, a participação tende a ser muito maior.
O auge do setor automobilístico na Bahia aconteceu em 2006, quando chegou a 10,4% da indústria baiana. A indústria automotiva também vinha perdendo espaço na pauta de exportações do estado. Em 2018, o setor representou 6,2% de todas as exportações, patamar que caiu para 4,5% em 2019. No ano passado, a participação foi de 2,1%.
A cadeia automotiva da Bahia é a 5ª maior atividade industrial do estado. São 8.634 empregados diretos, o que significa uma massa salarial de R$ 515 milhões mais R$ 333 milhões em encargos sociais, segundo dados da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb).
O governador da Bahia, Rui Costa (PT), criou um grupo de trabalho que vai buscar alternativas ao fechamento da empresa em Camaçari. A ideia é atrair uma nova indústria automotiva para ocupar o parque industrial que será deixado pela Ford.
G1