Início Bahia Justiça Federal determina que Funai conclua demarcação de terra indígena em Ribeirão do Largo paralisada desde 2017

Justiça Federal determina que Funai conclua demarcação de terra indígena em Ribeirão do Largo paralisada desde 2017

Por Reginaldo Spínola

A Justiça Federal determinou que a União e a Fundação Nacional do Índio (Funai) iniciem imediatamente a primeira fase da demarcação da Terra Indígena do Cachimbo, localizada na Serra de Couro Dantas, em Ribeirão Largo, cidade no sudoeste da Bahia. A decisão foi anunciada nesta terça-feira (25) pelo Ministério Público Federal na Bahia (MPF-BA).

De acordo com o MPF, a decisão ocorreu no dia 3 de maio. Com isso, a Funai é obrigada a continuar o procedimento que estava paralisado desde 2017.

O MPF informou ainda que a primeira demarcação deve ser concluída em nove meses, com base na publicação do Relatório Circunstanciado de Identificação e Delimitação (RCID). Após isso, a fundação terá 24 meses para concluir o processo de demarcação.

Segundo o G1, Em novembro de 2020, o MPF na Bahia havia conseguido uma decisão liminar da Justiça Federal para que a Funai desse início imediato à primeira etapa do processo e concluísse os trabalhos em até 180 dias.

A primeira fase da demarcação é feita por recebimento de documentos e informações preliminares a serem analisadas e utilizadas para construir o relatório. Ainda conforme o Ministério Público, a Justiça confirmou parcialmente o pedido de tutela de urgência requerido pelo órgão ampliando o prazo de conclusão essa etapa para 360 dias.

Ação Civil Pública

Na ação civil pública movida pelo MPF-BA, o procurador André Viana informou que a falta de definição legal sobre a posso do território gerava “clima de tensão na comunidade, levando a um aumento considerável dos conflitos” entre os povos indígenas na região e entre os índios e fazendeiros.

A 2ª Vara Federal Cível e Criminal da Justiça Federal, em Vitória da Conquista, concordou com o procurador, afirmando que “o processo de demarcação de terras indígenas é o meio administrativo para identificar e sinalizar os limites do território tradicionalmente ocupado pelos índios, e tem como finalidade a redução de conflitos latifundiários”.

O procurador acrescentou que a postura da Funai em não adotar as medidas previstas pela lei levaram a “concretizar e a escancarar incapacidade logística e operacional da Funai em solucionar o problema”.

Com a finalização da primeira fase da demarcação em 360 dias, a Funai terá até 24 meses para concluir a demarcação completa das terras na região.

Compartilhe esse post com seus amigos

mais Postagens interessantes

Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site. Ao clicar em "aceitar" assumiremos que você concorda com o uso que fazemos dos cookies. Concordo Clique AQUI e tenha mais informações

Política de Privacidade