Um relatório da Controladoria Geral da União (CGU) apontou que falhas no controle interno do Ministério da Saúde em 2020 geraram um prejuízo de R$ 170 milhões em medicamentos que precisaram ser descartados.
De acordo com o documento, 30 toneladas de fármacos que serviriam no tratamento de diversas doenças precisaram ser incinerados, o que custou mais R$ 21 milhões para os cofres públicos.
Os técnicos também registraram que milhões de doses de vacinas, principalmente contra a febre amarela e a hepatite, perderam o prazo de validade. Outro ponto questionado no relatório, é a ausência de 66 doses de um medicamento de alto custo, com valor de R$ 12 mil por dose, que sumiram do estoque sem destino conhecido, provocando um prejuízo de R$ 840 mil.
Respiradores
A ausência de comprovantes de 5 mil respiradores que foram comprados, mas não há clareza para onde foram enviados posteriormente, também foi pontuada no relatório da CGU. O órgão rastreou os equipamentos e deu pela falta de 336 dos equipamentos, o que custa R$ 18 milhões para o erário.
“Resta evidenciado que os controles das doações efetuadas pelo Ministério da Saúde são inadequados, pois verificou-se, além da ausência de comprovantes de entrega, de guias de remessa e de termos de doação nos processos SEI, a ausência de comprovação de recebimento dos aparelhos e graves inconsistências entre os registros de entrega do Ministério da Saúde e os registros de recebimento dos entes federativos”, versa o relatório.
A auditoria vai servir de base para que que o Tribunal de Contas da União (TCU) julgue os gastos da pasta em 2020. // Atarde Uol