Uma égua entrou com um pedido de habeas corpus na Justiça do Rio de Janeiro para viver em liberdade e não ser submetida a trabalhos forçados. A égua, de nome Fada, é representada pelo advogado e professor de Direito Animal da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Francisco Garcia.
O advogado conta que Fada sofria maus-tratos de seu antigo dono e, por isso, foi levada para o Centro de Controle de Zoonoses e Vigilância Ambiental dos Campos de Goytacazes, no Rio de Janeiro. Um santuário para animais de grande porte em que os bichos vivem em liberdade e uma clínica de equoterapia fizeram o pedido para ficar com a égua.
Para o professor, Fada não deve ser enviada para a clínica, pois ela pode continuar a trabalhar de forma forçada. Por isso, o professor e mais duas advogadas ingressaram com o habeas corpus e fizeram dois pedidos: que Fada possa ser a autora da ação e que ela seja encaminhada ao santuário de animais. No processo, Fada é classificada como “brasileira, equina, sexo feminino, cor tricolor, com data de nascimento desconhecida, nascida no estado do Rio de Janeiro”.