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Bahia investiga primeiro caso suspeito da varíola dos macacos

Por Reginaldo Spínola

A Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) registrou na tarde desta quarta-feira (15), o primeiro caso suspeito de varíola dos macacos no estado.

De acordo com a Sesab, os centros de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) de Salvador e o da Bahia acompanham a investigação do caso suspeito da doença causada pelo vírus Monkeypox no estado.

O homem mora em Salvador e está internado em um hospital particular da capital baiana. Ele apresentou sintomas como febre alta de início súbito, adenomegalia e erupção cutânea.

A amostra foi enviada ao Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen-BA), que encaminhou para a referência nacional. Ainda não há previsão de resultado laboratorial.

Monkeypox é uma zoonose viral, do gênero Orthopoxvirus, da família Poxviridae, que se assemelha à varíola humana, erradicada em 1980. A doença cursa com febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, adenomegalia, calafrios e exaustão.

A infecção é autolimitada com sintomas que duram de duas a quatro semanas, podendo ser dividida em dois períodos: invasão, que dura entre zero e cinco dias, com febre, cefaleia, mialgia, dor das costas e astenia intensa.

A erupção cutânea começa entre um e três dias após o aparecimento da febre. A erupção tem características clínicas semelhantes com varicela ou sífilis, com diferença na evolução uniforme das lesões.

Primeiro caso no Brasil

A infecção viral já se espalhou por mais de 30 países, incluindo o Brasil. O primeiro caso de varíola dos macacos no país foi confirmado na cidade de São Paulo.

O paciente, um homem de 41 anos que viajou à Espanha, segundo país com o maior número de casos da doença, foi colocado em isolamento no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, na Zona Oeste da capital.

Mudança de nome

Após mais de 1.600 casos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) está colaborando com especialistas para adotar um novo nome para a varíola dos macacos.

A iniciativa ocorre depois que mais de 30 cientistas escreveram na semana passada sobre a “necessidade urgente de um (nome para a doença e para o vírus) que não seja discriminatório nem estigmatizante”.

Para o grupo de pesquisadores, que sugeriu o nome hMPXV, há também diversas referências incorretas e discriminatórias ao vírus como sendo africano.

A doença matou 72 pessoas em países onde ela é considerada endêmica (presente numa região de forma permanente, com números constantes por vários anos), como áreas de floresta tropical na África Central e na África Ocidental.

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