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PF deflagra operação para combater o garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami

Por Reginaldo Spínola

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta sexta-feira (10) a Operação Libertação em Roraima, mais uma etapa para livrar a terra indígena Yanomami do garimpo ilegal.

O objetivo da operação é a destruição da infraestrutura dos garimpeiros e a busca por provas. Ao mesmo tempo, a equipe de segurança quer facilitar a saída dos não indígenas do território.

Essa retirada dos não indígenas é chamada de desintrusão. O Ministério da Justiça e Segurança Pública estima que cerca de 15 mil garimpeiros estavam ocupando a região no começo do ano.

“O foco das ações é na logística do crime e no registro da materialidade delitiva, não nas pessoas envolvidas, de modo a evitar que haja dificuldades na saída dos não índios da Terra Yanomami”, afirmou o chefe da Diretoria de Meio Ambiente e Amazônia da PF, Humberto Freire, segundo a assessoria da PF. O objetivo também é, segundo freire, evitar uma outra crise humanitária, mas dos garimpeiros.

A operação é uma parceria entre o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), a Fundação Nacional do Indígena (Funai), a Força Nacional e o Ministério da Defesa.

Destruição de maquinário

Na última quarta-feira (8), uma força-tarefa do governo federal destruiu maquinários usados no garimpo ilegal em terra indígena Yanomami.

Foram queimados um helicóptero, um avião, um trator de esteira e estruturas de apoio logístico dos garimpeiros. Além disso, a equipe apreendeu duas armas e três barcos com cerca de 5 mil litros de combustível.

A destruição do maquinário é prevista na legislação para impedir a retomada do crime e garantir a segurança dos policiais e fiscalizadores, já que demandaria uma logística complexa e cara.

Desintrusão

O ministro da Justiça, Flávio Dino, anunciou no início da semana que cerca de 500 homens da PF, da Força Nacional e das Forças Armadas foram enviados ao território Yanomami para início da desintrusão.

A estimativa do ministro é que cerca de 80% dos garimpeiros não devem resistir e deixarão as terras indígenas antes da chegada das forças policiais.

“Haverá o afastamento compulsório de quem não saiu nesse período. Isso envolve apreensão de equipamento, destruição de equipamentos, destruição de pistas clandestinas, prisão em flagrante de quem eventualmente ainda ali esteja”, afirmou Dino na segunda-feira (6).

Com informações do Metrópoles

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