
Imagine um rio que não apenas corta uma cidade, mas que também flui pelas veias de sua história e da vida de seus habitantes. O documentário “O Rio que Corre em Mim” propõe-se a mergulhar fundo na relação intrínseca entre o Rio Verruga e o município de Itambé-Bahia. Esta obra cinematográfica vai além de uma mera exposição dos fatos, buscando construir a memória viva da produção do espaço urbano nos arredores do rio, destacando as histórias humanas e as consequências ambientais dessa interação.
Itambé, com uma população estimada de 24.394 habitantes, está situada no médio sudoeste baiano, uma região cuja existência e desenvolvimento estão profundamente entrelaçados com o Rio Verruga. Desde sua fundação, no século XIX, quando famílias expulsas pela seca chegaram em busca de terras férteis, até os dias atuais, o rio tem sido uma constante na vida dos moradores. No entanto, essa relação tem sido marcada tanto por momentos de sustento e lazer quanto por tragédias, como as enchentes devastadoras de dezembro de 2021 que deixaram centenas de famílias desabrigadas.
Neste momento, “O Rio que Corre em Mim” está em fase de produção. O documentário vai além de documentar esses eventos. Ele investiga as razões por trás da ocupação desordenada das margens do rio e os impactos do modelo de produção capitalista, muitas vezes ignorados em estudos e produções sobre pequenas cidades. Com um olhar sensível e crítico, o documentário dará voz aos moradores, capturando suas histórias e experiências, e também conversa com pesquisadores sobre o direito à cidade e a produção do espaço urbano.
O documentário, idealizado por Luiz Pedro Passos, é um projeto que foi contemplado pela Lei Paulo Gustavo e conta com o apoio financeiro da Prefeitura Municipal de Itambé, através da Secretaria Municipal de Cultura e da Lei Paulo Gustavo, direcionado pelo Ministério da Cultura, Governo Federal.
De acordo com Luiz, “O Rio que Corre em Mim” não é apenas um documentário; é um convite à reflexão, um chamado à ação e uma grande oportunidade para se pensar sobre a relação sociedade e meio ambiente no território dos pequenos municípios brasileiros”, afirma Luiz Pedro Passos.
Portanto, “este documentário representa uma significativa contribuição cultural para a cidade de Itambé, destacando-se pela abordagem histórica e jornalística”, enfatiza.
Luiz Pedro Passos, natural de Itambé, é jornalista, historiador e mestre em Letras pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). Atualmente, Luiz Pedro exerce a função de jornalista na Fundação Gregório de Mattos, órgão vinculado à Secretaria de Cultura e Turismo da Prefeitura de Salvador.
Fique atento para mais atualizações sobre a produção e as futuras exibições deste importante trabalho cinematográfico.
