Na quarta-feira, 15 de janeiro, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou a revogação do ato normativo da Receita Federal que tratava do monitoramento das movimentações financeiras realizadas via PIX. Esta mudança ocorre em meio a intensas críticas por parte da oposição e em um contexto de desgaste para o governo Lula.
A normativa, que segundo o governo Lula, tinha como objetivo coibir grandes sonegadores e garantir maior transparência nas transações financeiras. No entanto, a percepção se tornou negativa quando muitos cidadãos começaram a temer que a norma fosse um ataque aos trabalhadores informais, que poderiam ser obrigados a pagar imposto de renda sobre suas movimentações. Esse descontentamento cresceu e gerou um clamor público pela revogação da normativa.
A revogação poderá aliviar a pressão sobre o governo, mas também levanta questões sobre a capacidade de lidar com a sonegação fiscal no país. Divergências sobre a abordagem mais eficaz para esse desafio ainda estão em discussão. A decisão de Haddad sinaliza uma preocupação com a sustentabilidade política do governo e tenta transformar este controverso tema em uma oportunidade de diálogo com a população sobre fiscalidade e responsabilidades tributárias.