
Em uma reviravolta política e judicial, a prefeita de Ibicaraí, Monalisa Tavares (UB), foi reconduzida ao cargo por decisão do desembargador Marcus Vinícius Reis Bastos, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1). A determinação ocorreu no final da tarde desta quinta-feira (17), poucas horas após o vice-prefeito Jonathas Soares (Republicanos) ter sido empossado pela Câmara de Vereadores.
Monalisa havia sido afastada do cargo na quarta-feira (16), após recomendação do Ministério Público Federal (MPF). O presidente da Câmara, vereador Francisco Araújo, conhecido como Chico do Doce (PSDB), declarou a vacância da prefeitura, alegando o cumprimento de uma decisão judicial que, segundo ele, tornava a gestora inelegível devido a uma condenação por improbidade administrativa.
O afastamento foi baseado em uma decisão colegiada do Superior Tribunal de Justiça (STJ), de 2013, que suspendeu por cinco anos os direitos políticos de Monalisa. Apesar da condenação, a prefeita concorreu às eleições municipais de 2024 e saiu vitoriosa nas urnas.
A situação provocou um cenário de instabilidade no município. Na manhã desta quinta-feira, Jonathas Soares chegou a ser empossado no cargo de prefeito interino. No entanto, poucas horas depois, o desembargador Marcus Vinícius Reis Bastos decidiu suspender os efeitos do afastamento e garantiu o retorno imediato de Monalisa à chefia do Executivo municipal.
Com a nova decisão, Monalisa Tavares reassume a Prefeitura de Ibicaraí, enquanto a disputa jurídica deve continuar nos tribunais. O caso levanta debates sobre a aplicação da nova Lei de Improbidade Administrativa e seus reflexos em condenações anteriores, tema central na defesa da gestora.
