
Uma operação da Polícia Federal (PF) e Controladoria Geral da União (CGU) cumpre nove mandados de busca e apreensão em Ilhéus, no Sul, e Itororó, no Médio Sudoeste baiano. Imóveis, como a casa do secretário de Saúde de Ilhéus, Geraldo Magela, bem como a sede da pasta, são visitados pelos agentes.
Apuração do Bahia Notícias aponta que em Itororó, os agentes cumpriram mandados na Rua Padre Sebastião, no Centro da cidade, na casa de uma pessoa de prenome Emanuel, que não foi encontrado no local.
A investigação é referente ao contrato n° 110/2020, com a HSC, empresa sediada em Itororó, para fornecimento de mão de obra para atuar na Central COVID, instalada no Centro de Convenções de Ilhéus. A suspeita é que o contrato investigado foi de mais de R$ 2 milhões. Em torno de 35 agentes da PF e CGU participam do cumprimento dos mandados judiciais.
As investigações, que começaram em agosto apurou que houve superfaturamento de mais de R$ 110 mil em um único mês, no caso junho passado.
As investigações apontaram direcionamento, por parte da secretaria de saúde de Ilhéus, à empresa responsável pela contratação de mão de obra especializada (médicos, enfermeiros, psicólogos) por dispensa de licitação.
Ainda segundo a PF, foram constatados também indícios de outros crimes, como o não pagamento de encargos trabalhistas e a apropriação indébita previdenciária, pelo não repasse ao INSS das contribuições descontadas dos contratados.
Os investigados vão responder pelos crimes de fraude a licitação (arts. 89 e 90 da Lei nº 8.666/93); apropriação indébita previdenciária (art. 168-A do Código Penal); estelionato (art. 171 do Código Penal) peculato (art. 312 do Código Penal); e corrupção passiva (art. 317 do Código Penal). A operação é feita em conjunto com a Controladoria Geral da União (CGU).
Informações: Bahia Notícias
