Uma menina de apenas 2 anos foi parar no hospital após grudar o olho com cola, em Ceilândia, no Distrito Federal. A madrinha da criança, Lia Lucena, de 54 anos, contou que a menina pegou o tubo da cola de cima da mesa. “Foi tudo muito rápido”, disse. Em seguida, ela tentou se limpar e acabou passando o produto no rosto, grudando o olho.
“Já colou o olho direito de imediato. Os dedos das mãos também ficaram todos grudados.”, contou Lia.
Após o acidente doméstico, a mulher conta que levou a criança para hospitais públicos. No entanto, até esta segunda-feira (20), ela não havia conseguido atendimento para resolver o problema da menina
Desespero
Lia disse que assim que viu situação da menina, na tarde de quinta, entrou em contato com Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). “Foi um desespero muito grande. Nos informaram que esse tipo de ocorrência só era atendido no Hospital de Base”.
Em seguida, a criança foi levada para a unidade de saúde. No entanto, a médica informou que “não tinha o que fazer”.
“A orientação foi que a gente passasse refrigerante nos olhos e nas mãos dela e fizesse compressa com água morna. Passamos o produto nas mãos e os dedos descolaram, mas a gente não ia aplicar nos olhos. Não íamos arriscar causar um problema maior”, contou Lia.
Na sexta-feira (17), elas procuraram o Hospital Regional da Asa Norte (Hran). “O médico disse que estavam em esquema de plantão e que não poderia fazer nenhuma cirurgia, se fosse preciso. Ele entregou um encaminhamento para o Hospital de Base, novamente, mas o médico que nos atendeu se recusou a fazer qualquer tipo de cirurgia. Ele disse que seria muito invasivo e passou uma pomada para tirar a cola”, disse Lia.
Em nota enviada ao G1, o Instituto de Gestão Estratégia de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF), à frente da gestão do Hospital de Base, confirmou que a criança foi atendida e que compressas mornas e aplicação de pomada foram receitadas para a menina. Segundo a entidade, ela ainda está sob avaliação na unidade.
O G1entrou em contato com a Secretaria de Saúde e questionou sobre o atendimento prestado pelo Samu e Hran, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.