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Após roubos, dono de loja procura empregado que saiba usar escopeta

Por Reginaldo Spínola
Irritado com os constantes
arrombamentos e assaltos ocorridos em seu estabelecimento comercial, um
empresário do município de Santo Antônio de Jesus, a 200 quilômetros de
Salvador, mandou confeccionar uma placa para tentar ‘amedrontar’ os criminosos.
A placa, colocada em frente ao
estabelecimento, na Rua Rui Barbosa, alerta: “Srs. ladrões e assaltantes:
como esta rua encontra-se abandonada e a segurança pública é uma mizéria (sic),
por favor queiram se organizar (para não virem todos ao mesmo tempo)… Atenção:
procura-se funcionário com porte de arma que saiba atirar com escopeta”.
Fábio Gulhões, de 37 anos, conta
que a ideia de confeccionar a placa foi dele mesmo, e afirma que se aparecer um
candidato à vaga de segurança, pretende pagar muito bem. “Pago o valor que
for necessário. É uma coisa séria. Só isso que me resta para que eu e meus
funcionários tenham segurança dentro da loja”, diz.
O comunicado foi feito em uma
gráfica e colocado na loja nesta terça-feira. “Estou indignado com o poder
público. Os assaltos são constantes e a polícia não toma nenhuma providência.
Já fui várias vezes na delegacia e eles não fazem nada para coibir a ação
desses marginais”, desabafou o empresário.
Ele revela que, somente este ano,
a loja que mantém no centro da cidade, que fornece móveis para salões de beleza
e clínicas de estética, foi alvo de criminosos quatro vezes. O último
arrombamento ocorreu na última quinta-feira (11).
Os familiares de Flávio, que é
casado e pai de dois filhos, o aconselharam a fechar o estabelecimento, mas ele
diz que não tem opção. “A minha família é formada por comerciantes. Eu não
 tenho nível superior e isso é meu único
sustento. Não posso fechar a loja. Eu estou cheio de duplicata para pagar.
Manter a loja fechada vai ser ruim pra mim”, afirmou.
Com a onda de assaltos, Fábio
afirma que a clientela desapareceu e que não consegue mais contratar
funcionários para trabalhar na loja. “Venho fazendo entrevistas desde a
semana passada, mas ninguém quer trabalhar aqui sem um segurança armado do lado.
A última menina que estava aqui passou apenas três meses, não aguentou e
saiu”, disse.
As ações somam-se a outros três
assaltos ocorridos no ano passado. Segundo o empresário, o prejuízo já passa da
casa dos R$ 40 mil. No assalto da última quinta, Fábio conta que o ladrão
chegou a disparar tiros dentro do estabelecimento.
“Um homem chegou armado e
rendeu a funcionária. Ele pediu para que ela mostrasse o cofre, mas ela disse
que não tinha nenhum. Depois, ele pegou o celular dela e, depois de ameaçá-la
de morte, ainda deu dois tiros. Por pouco, ela não foi atingida”, disse
Fábio.
Segundo o empresário, o assalto
ocorreu por volta das 10h. Não havia clientes no local no momento da ação. De
acordo com Fábio, os assaltos são constantes na rua, sobretudo no período de
festas, como atualmente, com a proximidade do São João.

“Isso aqui já virou rotina.
Todos os comerciantes da área são assaltados constantemente. Não tem jeito. Ninguém
presta mais queixa, porque não acredita mais na polícia. O pessoal coloca grade
nas lojas, mas mesmo assim não resolve. Não aguento mais isso não”,
desabafa Fábio. (G1)
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