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Chocante: Vídeo mostra filha torturando a mãe, que morre dias depois

Por Reginaldo Spínola

“Perdi a paciência com
ela”, disse a filha da mulher de 57 anos que morreu em Nova Odessa (SP),
dias após uma denúncia de maus-tratos, ser registrada pela irmã da vítima. A
morte ocorreu no final de março, mas um vídeo divulgado na internet em que a
mulher aparece amarrada, ferida e ouvindo ofensas e gritos da jovem de 22 anos
chamou a atenção para o assunto. A Polícia Civil investiga o caso, mas os
filhos negam ter praticado violência contra a mãe.

Os familiares da vítima já foram
ouvidos na investigação e agora o delegado responsável, José Donizete de Melo,
aguarda resultado de um laudo toxicológico que poderá ajudar na identificação
da causa da morte.
A irmã da vítima afirmou à
Polícia Civil que os filhos da mulher agrediam e xingavam constantemente a mãe
e que ouviu barulho de socos na casa instantes antes de encontrar a irmã morta.
A filha nega que ela e o irmão,
de 20 anos, sejam culpados pela morte, mas confirmou ser ela que aparece no
vídeo das agressões, em que diz: “Eu nunca vou te dar amor e carinho. Você
não merece”. Em entrevista por telefone ao G1, a jovem afirmou que a
relação com a mãe era difícil. “Nós já não tínhamos mais tanta paciência.
Ela estava com depressão há três anos e bebia. Tomava muito álcool, até perfume
minha mãe chegou a colocar na boca”, disse a jovem.
Sobre o vídeo que circula em
redes sociais, a jovem afirma que foi um amigo quem gravou e que ela não
esperava que as imagens fossem parar na internet. “É injusto sermos
julgados dessa maneira. Ninguém pode fazer isso, só Deus. Estou sofrendo muito,
choro todos os dias. Não saio para a rua porque sou ameaçada e já levei uma
surra de uma pessoa que nem sei quem é”, afirma.
Em relação à causa da morte, a
jovem alega que a mãe engasgou e passou mal enquanto comia. “Era horário
do almoço, meu irmão estava alimentando minha mãe, e ela engasgou e passou mal.
Ela bebia muito e estava com a saúde comprometida, o intestino não funcionava
direito”, disse.
O G1 entrou em contato também com
o rapaz de 22 anos que gravou o vídeo. Ele conhecia a vítima há anos. “Embora
não frequentasse a casa deles diariamente, ela era como uma tia para mim.
Conheço a filha dela desde os tempos de escola, estudávamos na mesma
sala”, disse. O rapaz contou ainda que a filha da mulher fechava a casa
todos os dias. “Depois das 17h30, eram só gritos”, afirmou.
O amigo da família disse que
gravou as imagens com a intenção de mostrar os maus-tratos. “Ela estava
sendo muito judiada nos últimos dias. Vivia dopada de remédios. Pedi muitas
vezes para que internassem sua mãe ou pagassem o tratamento dela com o dinheiro
da pensão que recebiam”, disse o jovem.
Investigação
O delegado José Donizete de Melo
informou que a investigação sobre o caso está em andamento. “Já ouvimos os
filhos da vítima e estamos no aguardo dos laudos finais. O primeiro exame não
constatou que a morte foi causada por lesões físicas”, disse.
Segundo o delegado, os médicos
legistas pediram um exame toxicológico na tentativa de averiguar possível
envenenamento ou ingestão de substâncias que poderiam ter provocado a morte da
mulher. Esse segundo laudo deve ficar pronto em na próxima semana. Assista ao vídeo:

                  

G1

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