20 de janeiro é sagrado para muitos itambeenses. É o dia em que eles deixam os seus afazeres domésticos, os entretenimentos televisivos, a rotina diária, para celebrarem a festa do padroeiro do município, São Sebastião. Ontem a noite não foi diferente. Os “Soldados de Cristo”, não em marcha, mas na tradicional Procissão-Desfile, produziram o maior espetáculo de fé de toda a cidade.
Foi momento de professar o amor a Jesus, ato que São Sebastião, quando servia o exercito romano, foi impedido de continuar realizando. O jovem soldado foi julgado e executado por meio de flechas, por recusar-se a ter uma postura severa com os prisioneiros cristãos. A ordem partiu do Império Romano que, naquele período, empreendia forte perseguição aos seguidores do nazareno.
A Igreja Católica em Itambé então celebra anualmente o mártir que é tido como o protetor da humanidade contra a fome, a peste e a guerra.
Nas ruas da pequena cidade do sudoeste da Bahia, devotos se entregam completamente a festa, capaz de lavar almas e enaltecer as manifestações culturais do povo. Caminham livres, descalços, cumprindo uma promessa pela graça alcançada; carregando símbolos religiosos; iluminando e iluminados com velas; cantando ou dançando; transformados em figuras santas; acompanhados de perto por anjos. A impressão que fica, ao observar este cenário, é a de que o céu, mesmo que por um dia, passou a ser em Itambé.
Os festejos em louvor ao padroeiro iniciaram no dia 10, com a primeira missa do decenário. As vocações foi o tema central neste ano e o Padre Justino Russolillo, o grande homenageado. Nascido na Itália em 1891, o padre fundou a Sociedade das Divinas Vocações. No dia 10 de maio de 2011, ele será beatificado pelo Papa Bento XVI. No mesmo mês, o Papa João Paulo II e a baiana Irmã Dulce, também lembrados pelos católicos no desfile, receberão o mesmo título.
Além da Procissão-Desfile, pela manhã, fazendo parte da programação festiva, foi realizada uma alvorada e uma missa, presidida pelo Padre Juracy Marden.
A festa de São Sebastião 2011 chegou ao fim, mas a fé dos cristãos se renovou e ano que vem, mais forte, trará outra vez o céu para a terra.
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