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Mensagem exposta em igreja na Bahia sugere morte de gays; MP investiga a denúncia

Por Reginaldo Spínola
O Ministério Público da Bahia
(MP-BA) investiga uma denúncia contra uma igreja evangélica que fica em Porto
de Sauípe, no Litoral Norte do estado, por conta de uma mensagem exposta na
fachada do templo religioso, que sugere que gays devem ser mortos. “Se um
homem tiver relacionamento com outro homem, os dois deverão ser mortos por
causa desse ato nojento; eles serão responsáveis pela sua própria morte”, diz a
mensagem.
Em contato com o G1 nesta
sexta-feira (22), a promotora de Justiça e coordenadora do Centro de Apoio dos
Direitos Humanos do MP-BA, Márcia Teixeira, disse que recebeu a denúncia de um
morador da localidade. Para ela, a mensagem pode ser considerada uma incitação
ao crime.
Outra placa, com a mensagem “Você
é livre para fazer suas escolhas, mas não é livre para escolher as
consequências”, foi colocada na frente da igreja e também será alvo de apuração
do Ministério Público da Bahia, segundo informou a promotora.
O caso foi encaminhado ao
promotor criminal responsável pela região, Dário Kist, que deve começar a
apurar a situação a partir da segunda-feira (25). Conforme Márcia Teixeira,
Kist vai analisar se um inquérito civil será ou não aberto contra o templo
religioso.
A igreja pertence à Congregação
Batista Bíblica Salém. O pastor Milton França, que há seis anos coordena o
local, disse que a placa possui apenas um trecho bíblico e que não incita a
violência. Ele disse, ainda, que aguarda decisão da Justiça sobre o caso.
“Eu fiz o que de errado? Onde está o meu erro? Eu transcrevi aqui. É a
palavra de Deus”, afirmou.
Ainda conforme a promotora Márcia
Teixeira, estimular a violência é crime previsto no Código Penal, cuja pena
varia de três a seis meses de prisão e multa. Além disso, segundo ela, cabe uma
indenização coletiva à população local.

“Ainda tem uma pena
pecuniária para que possa fazer uma campanha, uma cartilha, sobre os direitos
LGBTs, sobre a dignidade da pessoa humana, sobre o respeito ao próximo. Isso,
realmente, é muito grave. A liberdade religiosa, o direito à manifestação
religiosa, não autoriza ninguém a fazer apologia ao crime”, destacou a promotora. 
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1 Comentário

Anônimo 24 de julho de 2016 - 02:29

Quem tem o direito de tirar a vida de um ser humano é o mesmo que deu a vida por ele, Jesus Cristo! O Salvador de todos! E Jesus não ama o pecado mas ama o pecador! E não dá o direito de ninguém tirar a vida do outro!

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