Consternados pela triste notícia que abalou a cidade de Itambé – o falecimento de Sinvaldo Lima Paraguaio, uma multidão lotou a Igreja Matriz de São Sebastião para os últimos momentos com esse grande homem.
Seu corpo foi velado na Capela do Centro Educacional Gilberto Viana, local onde dedicou grande parte de sua vida, contribuindo para o que o CEGV representa hoje na cidade.
Em seguida, Sinvaldo foi conduzido nos braços do grupo de orações, “Terço dos Homens”, em cortejo até a Matriz de São Sebastião para a celebração da Missa de Corpo Presente. Todos os movimentos religiosos marcaram presença e dedicaram homenagens, numa despedida cheia de emoções. O amigo fiel, Pe. Juracy Marden estava desolado, mas achou força em Deus para sua última celebração ao lado do eterno amigo e irmão de coração.
Sinvaldo foi sepultado em seguida, no Cemitério Municipal, logo após a Cerimônia Eucarística.
O que dizer de um homem que quando criança perdeu a mãe muito cedo e foi criado sem o pai. Uma criança que aos 12 anos no velório de um tio teve de ser enrolado em uma toalha, pois naquele momento sua única camisa estava molhada. O que dizer de um homem que quando criança a sua maior felicidade era receber um pão de sal de alguém quando fazia favores. O que dizer de um homem que quando criança nunca recebeu um brinquedo de verdade. Este homem nunca roubou, nunca matou, nunca desejou mal de alguém. Ele quando criança recebeu anjos humanos em sua vida e se tornou anjo na vida de muitos. Sinvaldo Paraguaio foi um anjo na vida de muitas famílias, algumas ele nem conhecia, mas estava ali. Parava nas esquinas de Itambé, com um fusquinha da paróquia (reunido com outros anjos) para arrecadar alimentos para depois distribuir entre os necessitados.
Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé. (2 Timóteo 4,7)