Uma menina de 11 anos que mora em Salvador foi dada como morta após a certidão de nascimento dela ser emprestada a um tio para que uma prima conseguisse atendimento médico.
O problema é que a prima veio a óbito e, desde então, a menina é tida como “invisível social”, por não ter a documentação válida e, consequentemente, não ter acesso a direitos básicos como saúde e educação.
Em toda a Bahia, 90 mil crianças e adolescentes também estão nessas condições, considerados “invisíveis sociais”, por não possuírem certidão de nascimento ou carteira de identidade.
Devido à situação, a menina não pode tomar as vacinas necessárias e nem ir ao médico. Também sem poder frequentar uma escola, a criança foi alfabetizada pela mãe e pela tia.
A mãe, que não prefere mostrar o rosto, conta que a menina nasceu no dia 17 de março de 2007, mas, no dia 2 de novembro de 2008, foi dada como morta.
A mulher, que tem mais três filhos, mora de favor e está desempregada. Ela conta que não tem condições de contratar um advogado. Junto com a filha, ela corre contra o tempo para resolver a situação, porque a menina foi diagnosticada com um grave problema em no olho esquerdo e precisa de uma cirurgia para não ficar cega.
O problema é que sem a documentação não permite que a menina marque consulta e nem faça exames. Por conta própria, um médico avaliou a situação da criança e deu o diagnóstico sobre a situação da visão dela.
O Conselho Tutelar informou que está dando apoio à família para tentar resolver o caso e disse já ter procurado a Defensoria Pública da Bahia e o Ministério Público. Enquanto isso, mãe e filha aguardam ansiosas pela cirurgia e uma nova certidão de nascimento para que a criança possa viver em paz. Assista à reportagem da TV Bahia: