Uma jovem grávida deu entrada na Unidade Materno Infantil de Conceição do Coité, na última terça-feira (05), para ter seu filho. Entretanto, ao ser examinada pelos médicos, foi identificado que o bebê já estava sem batimentos. Por causa do óbito, a paciente passou por uma cesárea e, quando ainda estava em observação, apresentou sinais clínicos alterados, chegando a ser entubada e, posteriormente, encaminhada para o Hospital Estadual da Criança, em Feira de Santana, onde não resistiu e morreu.
A tragédia abalou a cidade e fez a população questionar se o tratamento dado à jovem na unidade de saúde municipal foi adequado. De acordo com a Prefeitura de Coité, os plantonistas da UMI atuam com “compromisso e dedicação” e prestaram toda a assistência necessária a jovem. “Lamentamos o ocorrido e nos solidarizamos com seus familiares e amigos pela perda”, finalizou a Prefeitura por meio de uma nota de esclarecimento postada no Instagram oficial da gestão.
Entretanto, a publicação acabou se tornando palco para comentários sobre a saúde local, onde alguns chegam a elogiar, mas a grande maioria critica o atendimento recebido nas unidades. Os internautas chegam a comentar o que teria ocorrido com a jovem antes da morte. “A mulher foi para o hospital uma semana atrás sentindo dores e o médico manda ela pra casa, pra voltar para o hospital com 15 dias. O fato é que a mulher ta perto de parir e começa a sentir dores já é caso de investigar e acompanhar com frequência em vez de mandar ela pra casa pra voltar pro hospital 15 dias depois”, reclamou uma usuária da rede social.
Ainda na página, alguns afirmam que a situação nada mais é do que a oposição tentando minar a gestão do atual prefeito, Marcelo Araújo (UB), já que o ex-prefeito da cidade, Francisco Assis (PT), estava à frente do executivo quando o Hospital Regional passou a ser gerido pelo Hospital Português, o que não se manteve na atual gestão, que encerrou o contrato em 2022.
Em sua rede social, o petista questiona se houve negligência médica e fala sobre a falta que a gestão da Real Beneficência Portugues faz na cidade. “Se não tivesse mandado o Hospital Português embora da maternidade essa tragédia teria acontecido? Ao ser mandado embora, o HP levou seus equipamentos, pessoal especializado e sua experiência de mais de 170 anos cuidando da saúde dos baianos”, postou Assis. Ele ainda acusa a gestão de escolher funcionários por critérios políticos e não profissionais.