Em 2002, o 30 de junho foi um domingo. A partida começou às 8h30 da manhã. Às 10h30, o Brasil já comemorava o pentacampeonato mundial, após vitória por 2 a 0 sobre a Alemanha. Os gols, ambos marcados por Ronaldo Nazário, restituíam a glória ao ‘craque fenômeno’, após derrota quatro ano antes para a França (por 3 a 0) e uma série de lesões no joelho, responsáveis por quase interromper precocemente sua carreira.
Além de Ronaldo, outros três ‘R’ se destacaram naquela campanha plenamente vencedora — na qual, o Brasil venceu as sete partidas disputadas, com 18 gols marcados e apenas quatro sofridos. Roberto Carlos, lateral-esquerdo, Ronaldinho Gaúcho e Rivaldo, ambos meias, foram destaques com atuações sólidas e alto poder de decisão. Este último, considerado por muitos, melhor jogador da Copa (o título ficou com o goleiro alemão Oliver Kahn), marcou cinco gols, sendo dois deles decisivos: contra Bélgica e Inglaterra. Ronaldo terminou o torneio como artilheiro, com 8 gols.
Comandado por Luiz Felipe Scolari, o Felipão, aquele time recebeu a alcunha de ‘Família Scolari’ pelo jeito paternal com que o treinador cuidava dos seus jogadores. O Brasil enfrentou na primeira fase Turquia (2 a 1), China (4 a 0) e Costa Rica (5 a 2). Na fase de mata-mata os adversários foram: Bélgica (2 a 0), Inglaterra (2 a 1), Turquia (1 a 0) e Alemanha (2 a 0).
Ao fim da partida contra os alemães, o capitão Cafu levantou a ‘Taça Fifa’, declarando amor à sua esposa: “Regina, eu te amo”, disse antes de repetir o gesto antes feito por Bellini (58), Mauro (62), Carlos Alberto Torres (70) e Dunga (94). Primeiro tri e tetra, naquele 30 de junho, Brasil conquistava o primeiro penta, posto até o momento nunca igualado — os principais concorrentes, Alemanha e Itália, têm quatro.
Naquela final, o Brasil jogou com: Marcos; Cafu, Lúcio, Roque Junior e Roberto Carlos; Edmilson, Gilberto Silva, Kleberson e Rivaldo; Ronaldinho Gaúcho (Juninho Paulista) e Ronaldo (Denílson). TÉCNICO: Luiz Felipe Scolari.
Por Metro 1